
Descobri os fantásticos livros de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada este ano, quando comecei a estudar português na Secção Portuguesa do Liceu Internacional. O livro que me fez descobrir esta maravilhosa coleção foi Uma Aventura na Quinta das Lágrimas. Pouco sabia eu que ao ler este livro ficaria tão entusiasmada com os Uma Aventura.
Em cada livro encontro sempre os mesmos protagonistas formados pelo simpático e animado grupo de amigos, Teresa, Luísa, Pedro, João, Chico e os cães Caracol e Faial. Em cada estória mergulho dentro de uma emocionante aventura cheia de suspense. Estes livros ensinam-nos sempre alguma coisa histórica e levam-nos a lugares fantásticos e reais.
As autoras escrevem de forma simples e tão descritiva que em cada livro deixo-me levar pelas palavras que até parece que estou a participar na aventura e esqueço-me que na realidade estou em casa sentada a ler!
Escolhi Uma Aventura nas Ilhas de Cabo Verde para viajar na terra de meu avô materno. Nesta aventura o grupo de jovens ganha um concurso de televisão de várias provas desportivas. O prémio é uma viagem a Cabo Verde. No avião, o grupo de amigos vê um rapaz, Mário, que parece muito assustado. Ao aterrarem na ilha do Sal, Mário escreve com um fósforo no braço SOS. O grupo decide seguir Mário de ilha em ilha para descobrir por que ele precisa de ajuda. Enfrentam-se a dois vilões italianos que perseguem Mário para que este os ajude a encontrar um tesouro escondido há séculos.
Neste livro a personagem que mais me marcou foi Faial quando arriscou a sua própria vida para salvar os amigos Luísa e Caracol:
Caracol ou já se tinha afogado ou não se distinguia da espuma. De súbito uma cabeça encharcada emergiu e ainda tentou pedir socorro: - Soco… Mas logo outro vagalhão se sobrepôs arrastando-a para fora de pé. João atirou-se às cegas pela ribanceira. Tinha que fazer alguma coisa! À frente dele corria o Faial que, chegando à beira mar, não hesitou e lançou-se à água disposto a morrer ou a salvar os amigos. (p. 176) |
O passo mais impressionante no livro é quando encontram o tesouro e o que decidem fazer com ele:
A tampa abriu-se. Lá dentro dormia há séculos um monte de pedras verdes, lindas, brilhantes. Eram esmeraldas das minas da América do Sul. (p. 202) - Não - respondeu Mário, piscando o olho disfarçadamente aos amigos. – O que esse gordo lhe está a dizer é que não querem receber nada. Oferecem o seu quinhão de esmeraldas ao povo de Cabo Verde! (p. 203) |
Este livro fala-nos sobre a cultura de Cabo Verde e a forma de viver nas Ilhas. Fala de amizade, lealdade e bondade. Um dos aspetos que também aprecio neste livro é o anexo com factos reais e informação sobre as diferentes ilhas de Cabo Verde.
Estou impaciente para mergulhar na minha próxima aventura!
Alice Le Coustumer
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