sexta-feira, 2 de maio de 2014

«Agora o escritor és tu!» (turma de 3º ano / CE2)

A turma de 3º ano da Secção Portuguesa (polo Normandie-Niemen)
 


leu a história de Álvaro Magalhães, «A praia da Galé» e aceitou o desafio da revista Visão Júnior para a continuar. Saiu vencedora, mas não pôde ir a Lisboa entrevistar o autor. Aqui fica o link que dá acesso à publicação online da nossa história no sítio da revista  http://visao.sapo.pt/trabalho-dos-alunos-do-lycee-international-de-st-germain-en-laye=f778674




O Senhor de seu nariz e outras histórias de Álvaro Magalhães


«A praia da Galé» (continuação)


Estávamos nós nesta conversa, quando vejo a minha avó chegar à praia.

Disse eu:

- Avô, olha quem aqui vem!

Disse o avô:

- Oh! O que é que vens cá fazer, mulher?

Disse a minha avó, que tinha acabado de chegar à praia:

- Vim para vos ver e como está muito calor apetece-me ir tomar banho.

Grito eu e o meu avô ao mesmo tempo:

- Nãaaao!

Responde a avó:

- Porquê?

Nós explicámos: tínhamos ido tomar banho, quando de repente vimos uma prancha de surf que nos assustou porque pensámos ser a barbatana de um tubarão.

Disse a avó:

- Se era uma prancha de surf, por que é que eu não posso ir tomar banho? Eu não tenho medo de pranchas de surf!!!!!

Disse o avô:

- Também não tenho medo de pranchas, mas pensei que era um tubarão e apanhei um susto.

Disse eu:

- Então vai tomar banho sozinha, nós ficamos aqui a construir um castelo na areia.

A avó vai para o mar e mergulha numa água clara e transparente, magnífica e deliciosa.

Gritou a avó:

- Aaaah! Socorro! Uma caravela portuguesa!

A avó faz chichi com o medo e começa a nadar crawl chegando rapidamente à praia.

Perguntou o avô:

- O que é que se passa? Viste uma prancha de surf?

Disse a avó assustada e a tremer:

- Não! Vi uma caravela portuguesa!

Disse eu:

- Tens medo de um barco, avó?

Disse o avô:

- Meu neto, uma caravela portuguesa não é um barco, é uma alforreca que pode matar!

Disse a avó:

- Ninguém pode ir tomar banho, a água está infestada de caravelas portuguesas!

Disse eu:

- Então temos de ir avisar os nadadores-salvadores.

Disse o avô:

- Temos que ir já avisá-los!

Disse a avó:

- Temos de dizer para evacuarem já a praia!

Disse eu:

- Avó, eu nunca teria tido medo da caravela portuguesa e nunca teria fugido dela. Não iria avisar os nadadores-salvadores e se calhar algumas pessoas poderiam morrer…

Disseram os meus avós em uníssono:

- Às vezes é bom ter medo. O medo salva-nos!



FIM
***
Tendo dado este fim à história de Álvaro Magalhães, vários alunos desenharam várias capas para o livro, mas a que enviámos para concurso foi a capa que se segue por ter sido a mais bonita:
 

Alguns alunos falaram sobre este trabalho realizado na sala de aula, apesar da timidez diante da máquina de filmar...

 

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